Os dois cavalos
By Cláudio

Os dois cavalos

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O dono de um sítio tinha dois cavalos: um castanho, trabalhador, e outro baio, muito preguiçoso. Um dia, ele disse aborrecido:

– Vou atrelá-los no mesmo carro. Talvez o baio endireite…

E assim fez.

A princípio, só o castanho trabalhava; o outro não fazia força. Mas tanto o baio viu o companheiro puxar o carro, que acabou por imitá-lo. Ao vê-lo trotar, obedecendo ao comando das rédeas, o dono exclamava satisfeito:

– Acho que acertei! Não há nada melhor que uma boa companhia!

Ao fim de algum tempo, porém, o sitiante notou que os dois estavam formando uma péssima parelha. Aos poucos, o cavalo castanho tinha adquirido todas as manhas do baio. Desapontado, disse a um amigo:

– Quis corrigir um e estraguei o outro. Agora, nenhum dos dois presta.

– Mais cedo ou mais tarde isso deveria acontecer.

– Como assim?

– Um cavalo ruim, ao lado de um bom, tinha de dar nisso. Maus exemplos, todos os dias, são sempre perigosos.

– É verdade – confirmou o sitiante. – Mais vale andar só do que mal acompanhado.

 

Meu comentário:

Esta história de alguma maneira nos convida a refletir sobre a importância de escolher bem as nossas amizades e com quem devemos caminhar ao longo da vida. Como diz o ditado “digas com quem andas que eu te direi quem és”. Acrescento neste ditado algo também muito importante: “digas por onde andas que eu te direis quem és”. Tanto o “quem” quanto o “onde” são fundamentais na formação dos valores e na definição da personalidade no ser humano.

Portanto, assim como os cavalos desta história é prudente termos critérios rigorosos ao escolher nossas companhias, afinal, todos de alguma maneira recebem e são influenciados pelo meio onde vive, além é claro, de influenciá-lo.

Cláudio Martins Nogueira

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  • 18/05/2017
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